terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Pra esses lance ninguém nunca está preparado...

Violada, no sentido mais pejorativo da palavra: infringida, quebrantada, transgredida. Acordada no susto, pela invasão do patrimônio, furto dos bens e da tranquilidade que ainda existia, ilusão minha achar, que no meio desse maldito sistema manipulador, seria eu guardada e protegida das garras do tráfico. E mesmo com mais de 20 anos como moradora da minha "amada" favela, não me sinto mais segura nela.

Diante de corriqueira situação, mas ainda assustadora, eu como futura educadora e formadora de opinião tenho como lição diária, a reflexão critica sobre o que é avaliado pelo senso comum como "vagabundagem", ser sujeito da situação complica ainda mais essa reflexão.

Acredito, ainda com o meu pouco referencial teórico, na relação direta da falta de educação de qualidade e realista, perante o século 21, com o infeliz aumento do tráfico e violência urbana. Os noticiários cotidianamente trazem nos dados, a visão dessa trágica realidade, que furta a nossa segurança, tranquilidade e esperança de mudanças, e nos fazem conceituar jovens sem oportunidade de educação, emprego e melhores condições de vida, de "vagabundos". Mas o que a eles é realmente oferecido?! - A mídia que ostenta em marcas, dinheiro, grandes mansões e carros importados, entrando em nossas casas todos dias em forma de novelas, reality shows e filmes, que mais parecem contos de fada.

Mentirada!!! E a meninada apressada e sem nenhuma perspectiva de vida, é selecionada para criminalidade todos os dias. De mãos atadas podemos até está, mas as mordaças já nos foram tiradas e então com bendita liberdade de expressão, falo do meu descontentamento com a novela da vida real, onde filhos assaltam pais para sustentar seus vícios, e o crime leva vidas para o abismo, sem ao menos muitas dessas vidas conceberem a ideia do ruim, nas suas práticas. Meninos, pequenos meninos e manipulados, querem somente ter o mesmo poder e vida dos protagonistas da sua novela preferida.

Essa realidade precisa mudar!




sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

De volta a triste realidade...



Sair às 16:30 da Ondina e chegar as 19:00 em Sete abril (aproximadamente 25km de distância) não tem preço para todas as outras coisas existem Master Card. E existe mesmo! Para comprar um carro, um avião, pagar um táxi ou qualquer outro transporte facilitador da locomoção. Positivista eu, não?! Porque nem com um carro haveria modificação, a falta de locomoção nessa cidade Soteropolitana perpassa os meios de transportes, indo de vias mal projetadas a falta de fiscalização do descarregamento de cargas em horários indevidos, em bairros que são "sempre estreitos".
Infeliz, as horas mau dormidas e barulhentas do buzu, somada com impotente capacidade de modificação. Outras vias, nós sofredores desse caos devastador da paz de espírito, chamado trânsito congestionado, devemos procurar, e não vias aéreas ou atalhos terrestres e sim atividades PRAZEROSAS para substituir aquele tempinho de duas, três horas  que você dorme e acorda dentro de um ônibus sem ter chegado ao destino desejado.
Aulas de danças, academia, canto, meditação, yôga, cinema, teatro ou aquele encontro com um amigo que não ver a muito tempo. Estará ganhando com certeza horas muito mais tranquilas no seu dia, conselho de amiga, aquela que sofre todos os dias a 39ºC no trânsito de salvador.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

A Raiz Quadrada do Nascer



Mais complicada que a matemática
A olho da fresta da janela
E ela passa tão rápido que nem dá para apreciar
Vida
Entre números e dicas,
Entre sonhos e realidades.
No final nem se sabe quem viveu de verdade.
Entre tropeços e acertos
Entre o cair e o levantar
Já passou da hora de aprendermos a caminhar
Com os nossos próprios passos e pernas
E trilhar nossos errantes caminhos.
Vida e anos
dias que rapidamente passam
dias que poucas vezes sabemos escolher.

Custava me avisar... 
as quatros operações eu tiro de letra, de número.
Já a vida...

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Limitados



Um ano em 9:30... Sala fria, chocolates, água, terços, orações ou canções. Pensamentos barulhentos e tenho a impressão de consegui ouvi-los, estranho hein?! Estranho é você tentar compactar 365 dias em 9:30, e mais do que estranho parece impossível, Senhor Enem. Fisionomias preocupadas, cansadas e duvidosas do que leem, escrevem ou pelo que nunca viram na vida, e o pavor muitas vezes é percebido, faz lembrar o exame de sangue na infância.

Agora a espera de resultados que mudam vidas, famílias, rotinas, seguem 4,175 milhões de brasileiros com suas vidas corridas. E a 120 km/h o noticiário do dia nos prega uma peça: "Pai ao voltar da formatura da filha sofre acidente fatal", essa que havia finalizado mais um ciclo de resultados e comemorava, agora chora. Enquanto  aproximadamente 4,175 milhões escrevem sobre a Lei Seca, 40.000milhões/ano morrem em acidentes de carro, e muitos destes o fator álcool está presente.
... e depois desse parágrafo, afirmaria-se normalmente: - Ele dirigia embriagado.
Não. Ele não dirigiria embriagado - é o que confirma as reportagens-. Então nos deparamos com a pergunta: O que poderia resultado neste brutal acidente?! Talvez presa ou sono, uma distração ou solidão, e tantos talvez não nos leva a concretas respostas.

E mais perguntas me surgem à mente. Será que estamos todos doentes, dentro desse louco sistema?! Acredito que seja uma sensata forma de pensar. Doentes e apressados, doentes e fadigados, e diante de tantas demandas e responsabilidades deixando de lado, junto com os livros empoeirados nossas emoções, sensações, amores e temores. Doentes ao ponto de não percebermos os nossos próprios limites psicológicos e físicos, afinal somos todos limitados e não parte de uma visão pessimista esta afirmação. E a tarefa mais árdua também nos cabe, que é a de perceber e valorizar os sinais dados pelo o nosso incrível organismo, com ou sem a necessidade de exames, crises ou acidentes.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Velhos achados



Poesia fria
costurada a linha
sem nenhuma anestesia.

Dor fria, da abstinência
de letras, de palavras
vivo então a correr
atrás de versos prontos
para construir a novidade.

Quero saudade, encontro,
amor e vontade, verdade
e parece que a dificuldade
inspira a algumas melancolias,
fria, canto no canto.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Cara de Domingo



Um acordar preguiçoso junto com a vontade de não fazer nada o resto do dia. O almoço em família, a saída com o namorado, o bate papo com as amigas, a atividade atrasada da faculdade e vinte e quatro horas. Poucas horas, não?! E tantas coisas para administrar. A aplicação para conseguir agradar a todos - como nem Jesus conseguiu -,tem sido grande, mas tem sido uma missão quase impossível. E ontem tive ao olhar em seus olhos, a vontade de te pedir em casamento e transbordar todos dias de amor.
Começo de Domingo, resto de sábado e muitos pensamentos.